quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Diário de Classe

Diante das leituras do semestre e também nas aulas presenciais consegui colher algumas sementes e semeá-las em minha vida profissional como educadora...
Uma delas é o “Diário de Classe”, torná-lo muito mais que simples organização mecânica e sistemática e sim um diário de análises diárias e de uma construção coletiva de conhecimento. Ao entender a importância deste tipo de análise e observação passei a anotar diariamente o que acontecia na minha sala de aula, alunos que se destacavam em grandes avanços nas aprendizagens, alunos que se agitavam muito, alunos que “empacavam” e não saiam de uma hipótese e assim por diante.
Ao reler estas anotações, preparar atividades, ao ter algum contato com a família, consegui compreender que a frase “Atrás de toda ação há sempre uma intenção” de Machado de Assis está bem elaborada, pois atrás de nossas ações como educadores temos uma intenção de aprendizagem com nossos alunos e atrás de uma ação dos alunos também há uma intenção como: ganhar carinho, chamar a atenção, colocar pra fora o que vê em casa, dialogar, etc.
Driblando estas ações, pensei em histórias que encaixasse com o contexto que o aluno vive e percebendo que muitos dos seus problemas são vividos por outras pessoas também.
Sabe isso funcionou!
Literatura para trabalhar perda e morte:
Os porquês do coração- Ed. Brasil
Menina Nina 2 razões para não chorar - Ziraldo
Trabalhar com o abuso sexual infantil:
A invasão do planeta carinho. Valéria Fonseca
E uma série de outras literaturas para ajudar na aprendizagem dos nossos educandos...
Concluo que o Diário de Classe é para se pensar na prática pedagógica, uma auto-avaliação principalmente do professor, um documento importantíssimo que vai narrar à trajetória da aprendizagem que vai se tornar fonte de pesquisa e consulta justificar a aprendizagem, mostrando uma “costura” entre os contextos semânticos do planejamento...

domingo, 18 de outubro de 2009

Respondendo ao questionamento de Benites!

1° questionamento:
Benites associei a expressão “acorrentada ao fracasso”, pois nossa sociedade tem habilidade a nos incapacitar mediante algumas situações... Eu estou me curando desta rotulação desnecessária. Um exemplo é escola! Um aluno pobre, com família desestruturada é um aluno “insuficiente” eu pensava assim e hoje vejo que somos seres sociáveis e estamos em constante aprendizagem, letramento e meu pensamento hoje é... A escola, o professor tem que proporcionar a este educando um mundo que ele não conhece, ou deseja e orientá-lo a reformular constantemente suas hipóteses, fazê-los pensar, questionar, ser autônomos na sua rede de aprendizagem.

2° questionamento:
E conclui em uma cena que a professora explica para mãe como se da à aprendizagem que é baseado em experiência (pode dar certo ou não), em observação e repetição.
Exemplo: A professora mostra a BOLA e DIZ: BOLA, isso é uma BOLA, VOCE QUER A BOLA? Repita: BOLA.

Estas reflexões estão baseadas em minhas hipóteses... Mas pode haver incoerência nas informações, aguardo retorno!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Filme: Seu nome é Jonas.

Com a apresentação da disciplina e os textos sugeridos referente à Língua Brasileira de Sinais não tinha pensado como seria a comunicação de uma criança e de familiares que não conhecem esta língua. Ao assistir o filme “Seu Nome é Jonas” concluo que eu educadora também me desesperaria como a mãe de Jonas que não o compreendia... O principio para atendermos as necessidades dos nossos alunos seria aperfeiçoarmos nosso conhecimento referente ao assunto e colocá-lo em prática de forma lúdica e criativa, assim como fez a mãe de Jonas ao procurar uma família que utilizava este idioma.
O que ficou concreto em minha mente é que uma criança surda tem necessidade de se comunicar como qualquer outra criança. Têm seus medos, frustrações, pensamentos criativos, inteligência, autonomia... O que achei muito evidente no filme foi o preconceito de uma sociedade que descrimina que sufoca nossas almas nos acorrentando ao “fracasso” e uma escola e, e métodos empiristas.

sábado, 3 de outubro de 2009

Aula presencial de Seminário Integrador VII

Esta aula foi muito significativa para dar continuidade na rede de aprendizagem que venho construindo no decorrer de meu curso de pedagogia... Nesta aula falamos de alguns aspectos para reta final, o término do curso como: créditos, estágio, etc.
O mais significativo que absorvi nesta aula foi referente à metodologia de aprendizagem que precisamos dominar para poder aplicar, com nossos educandos. Observando assim aspectos significativos como: o professor se colocar em escuta, partir do interesse do aluno, ter boas intervenções do educador, fazer o aluno pensar e criar, ter cooperação, apresentar autonomia, prática investigativa e acompanhando assim todo o processo de aprendizagem...

Hoje dia 03/10 nos encontramos na casa da Simone para o término da síntese final do nosso PA (FOTOGRAFIA).

domingo, 27 de setembro de 2009

Agilidade e Transparência nos comentários...

Ao realizar a atividade I, módulo I, de Libras fiquei impressionada com a agilidade e rapidez do comentário do meu trabalho.
Postei no Rooda as em torno das 19h do dia 27/09/2009, mandei um e-mail para Prof. Carolina comunicando de minha postagem... Em menos de duas horas a tutora Graciela Rodrigues deixou o seguinte comentário por e-mail:

Olá Gleice!
Em anexo seu texto com as observações.
Bjs

--
Graciela Rodrigues
Tutora Pead/UFRGS


E o seguinte comentário no Rooda:

Postado por GRACIELA FAGUNDES RODRIGUES em 27/09/2009 21:56 Olá Gleice! Muito interessante a experiência que apresentas, além disso as tuas reflexões contemplam análises sobre a Libras, comunidade surda e relação com a experiência relatada. Abraços

No anexo diretamente para meu e-mail deixou um série de correções principalmente em português “que é meu fraco” e com esta agilidade e transparência referente minhas reflexões tive a oportunidade de VER meus erros e analisar sobre eles...
Obrigada tutora Graciela Rodrigues, suas intervenções realmente estão me ensinando a pensar!!! Beijocas e até mais.

Refletindo sobre as aprendizagens...

Ao ler o texto do Giroux, percebo a importância ou referência que estou sendo para meus alunos que apresentam uma diversidade de histórias e momentos significativos em suas vidas, percebo as características que o EJA constantemente, alunos que não freqüentam a escola, séries não adequadas pelo fato de serem oriundos de famílias de agricultores, motivos de trabalho ou pelo fato da escola ser distante de suas casas. A EJA tem muitos pontos positivos, mas para isso precisamos de pessoas que concretizem na prática, muitas belas teorias que embasam estes cursos e pelo meu entendimento, preciso ser uma professora que coloque em prática um modelo de educação, preciso acolher estes educandos e os motivá-los a estar ali diariamente. Pelo que tenho lido ultimamente, muita coisa mudou, novas teorias, novos modelos de educação, porém, o que percebo ser uma limitação na educação diz respeito à desarmonia entre teoria e prática com relação a esta modalidade de educação e também na educação de um modo geral.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tecendo nossa rede de aprendizagens...

Projeto de Aprendizagem.
O encontro foi realizado aqui em casa, começamos o grupo de estudos (Carem,Cris, Gleice,Josi e Simone) as 18he30 min. e terminamos às 22h.
Este nosso encontro foi baseado nas instruções que o professor Nilton deixou registrado em nosso PA onde juntamos os argumentos indicados por ele e algumas evidências resgatadas pelo nosso grupo como fotos, bibliografias que arrecadamos em nosso município.
Concluímos o Terceiro Mapa Conceitual, mudamos nossas certezas e dúvidas.
Postamos a bibliografia de Toninho Retratista e algumas fotos, mas estamos com muita dificuldade para postar no Pbworks as imagens.
Olhamos o site indicado pelo professor Nilton (http://www.boriskossoy.com/) e pesquisamos outros sites...

Refletindo com Benites...

Concordo plenamente que o Planejamento nos auxilia para termos uma seqüência lógica dos conteúdos que vamos apresentar aos nossos alunos, mas somos educadores “Elásticos” temos que sempre ter um plano B e aproveitar evidências que aparecem no nosso dia a dia com nossos educandos... O bom planejamento é flexível e tem o objetivo de aguçar a curiosidade e interesse do aluno!!!
Obrigada Benites por teu comentário!!!! Estava precisando da troca e você proporcionou!!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O que é um bom planejamento?

Planejamento na verdade são os momentos que tiramos para auto - avaliarmos como educadores e mediante esta avaliação promover ações que sejam aproveitadas pelos nossos alunos.
Meu planejamento neste momento está baseado em tramites burocrático, mas principalmente ligados a muito estudo X reflexão / professor X aluno.
Um dos princípios básicos do meu planejamento é aproveitar subsídios ou caminhos que vou observando a cada dia com o contato e atenção com as crianças direcioná-lo principalmente a realidade e com o perfil da turma. Minha aluna que já citei muitas vezes neste Blog que parece ter uma resistência muito grande referente à aprendizagem na verdade descobri que eu não estou aproveitando o que ela tem de melhor!!!! Vou explicar melhor!!!!
Já chateada, achando-me incapaz de ensinar passei o recreio do dia 15/09 observando meus alunos, principalmente minha Ramone e avistei ao longe ela brincando de BATE-BATE com as meninas e notei ausência da musicalidade, ritmo, coordenação motora... Frustrei-me, pois era apenas uma brincadeira, porque não conseguia acompanhar as outras meninas... Uma LUZ avistei!
Decidi chamá-la para brincarmos juntas, mas cantando o “ALFABETO”, ela sorriu e vagarosamente foi se adaptando ao ritmo e seqüência de movimentos, neste momento lancei um desafio vamos fazer com movimentos mais rápidos, mudando o movimento, etc... Minha aluna que não desenvolvia toda a seqüência do alfabeto, com algumas repetições já o canta e está fazendo suas primeiras associações letra/som!!!! Essa foi minha evolução da semana em minha turma!!!! Virou moda na sala só que agora com números e letras!

Notícia Boa!!!!

Dias 14/09/2009 recebemos um e-mail do professor Nilton com informações e argumentações referente nosso PA (Fotografia).
Posteriormente eu liguei para Simone e deixei recado OFF para Carem, Josi e Cris falando sobre o mesmo e com uma pergunta de quando iamos nos encontrar para complementar e reformular nosso PA.
Material: Consegui muitas coisas referentes à fotografia e vou dar uma olhada no site indicado pelo professor Nilton... Até mais...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Libras.

Nossa aula presencial de Libras dia 10/09 foi emocionante tivemos o prazer de conhecer a professora Carolina que nos encantou com sua simpatia e força de coragem iniciando sua aula com uma frase, “TUDO É POSSÍVEL”!!!!
A aula foi tão fascinante que nossa atenção estava ligada nesta nova maneira de nos comunicar, através de Líbras... Descobri nesta aula coisas magnífica referente à limitação e deficiência auditiva... Suas técnicas e origens...
O interessante foi perceber que neste tipo de comunicação são utilizadas uma seqüências de intervenções corporais, como posição das mãos, lateralidade, gesticulação facial, etc. Um exemplo interessante é que um mesmo sinal pode significar coisas diferentes devido a intervenção corporal realizada, na aula observamos o caso do “verde” e “frio”...
Gostei muito das técnicas e diálogos promovidos pela interdisciplina (EU X GISLAINE).
Carolina nossa turma do Pead – TC já solicitou com o professor Nilton outra aula presencial!!!!
Parabéns pela intérprete que contribuiu muito com nosso entendimento.

Algumas das aprendizagens recebidas no polo já inclui em minha prática docente como as "aplausos", "legal"... Os alunos adoraram a idéia!


Postei dia 14/09 um trabalho de Didática, Planejamento e Avaliação.
Vamos nos reunir para organizar nossos PAS esta semana...
No final de semana trocamos e-mail e conversas no MSN referente à atividade de grupo da interdisciplina do EJA. Grupo 3.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

MaIs Um AnO!!!!

Meu aniversário foi dia 07/09 e tenho que dividir com meu “EU” esta felicidade de completar mais um ano de minha vida e ter sido homenageada por tantas pessoas que fazem parte de minha história...
Meu alunos da Alfabetização de Adultos fizeram uma surpresa emocionante com direito a festa, presente, música, poesia e declamação... Fiquei muito emocionada e recebi cartas com escritas “valiosas” para qualquer professor de alfabetização!!!
Meus alunos da tarde me pegaram com o lanche partilhado na casa de um aluno que reside perto da escola, cheguei lá era uma festa maravilhosa com decoração, muitos comes e bebes, presente, homenagem pela rádio local,os pais, etc. E como se não bastasse, meu grupo de estudos me surpreende com um presente e meus familiares, amados, razão de meu viver completa meu aniver e feriadão com um grandiosos almoço!!!
Minha família VANDO E VITTOR obrigada por tudo, por vocês existirem na minha vida, por participar e contribuir com todos meus sentimentos de convivência... Que Deus permita nós envelhecer juntos!!!
Organização:
Estou procurando analisar e observar meus e-mail e trabalhos todos os dias... Estou me organizando vagarosamente e perseverantemente...
Temos aula presencial nesta quinta (10/09) de Libras e estou bastante ansiosa...

Grupo de Estudos...

No dia 05 de setembro tivemos um encontro na casa de minha colega Carem para ler e discutir referente à Constituição Federal e a EJA fizemos muitas reflexões referente o funcionamento da EJA, suas diferenças referente a supletivos, seus parâmetros legais e institucionais e o que precisava para um professor ser preparado para EJA... Todas as leituras e questionamentos foram surpreendente para eu educadora de ALFABETIZAÇÃO de alunos entre 18 e 65... Entender uma linha do tempo referente à história da EJA foi e é fundamental a qualquer profissional que se dispõe a esta modalidade de ensino...
Com nossa aula presencial descubro que a EJA é muito recente e que sempre foi colocada em 2° lugar e isso justifica tantos ANALFABETOS no BRASIL e em nosso município que hoje pelos dados do IBGE são praticamente 10% da população.
Como educadora estou muito feliz em saber que devido a este projeto que estou inserida mesmo sendo muito superficial, está diminuindo o índice de analfabetismo... Meus alunos querem participar da comunidade, contribuir com as missas e cultos, tirar CNH, ir ao supermercado fazer compras, utilizar aparelhos eletrônicos como celular e caixa do banco e tudo isso é possível quando a sociedade nos possibilita... Parabéns meus alunos pela coragem e perseverança!

08/09/2009- participação no Fórum...EJA.
05/09/2009-Comemoramos meu aniver na casa da Carem... Obrigada pelo presente Gurias!!!!Eu amei...

Nossas MaRcAs...

Nossa aula referente Educação de Jovens e Adultos nos possibilitou uma dinâmica muito interessante, falar sobre nossas “marcas invisíveis”... Possibilitou a meu grupo (10 amigos desde o início da faculdade) esclarecer e nos entender melhor, pois muitas marcas que achávamos que era invisível são perceptíveis a todos!!!! Quando nossas falas saiam espontaneamente enquanto um enorme palito de fósforo queimava sentia uma presença verdadeira de Deus, pois ali senti muita sinceridade e respeito com as feridas e cicatrizes um do outro... Professora obrigada pela oportunidade, nosso grupo estava precisando de momentos como este.

domingo, 30 de agosto de 2009

Trocas e ajustes!!!

Deu tudo certo!!!! Minha aula presencial do dia 31 de agosto eu tinha aula com os adultos, mas após um diálogo com eles consegui alterar, propiciando para minha aprendizagem estar presente e não perder nada que cada professor vem nos oferecer!!!Vamos ter nossa primeira aula de “Didática, Planejamento e Avaliação” com a professora Luciana Piccoli.
Após a aula vem comentário!!!! Até mais...

A Busca...




Ao realizar minha primeira atividade da interdisciplina de “Didática, Planejamento e Avaliação” ministrado pela professora Luciana Piccoli como o complemento do texto “O menininho” de Helen Buckley juntamente com o fragmento do texto de Miguel Arroyo e a charge de Luiz Fernando Veríssimo, observo que nós professores podemos conquistar, marcar nossos alunos eternamente ou ficarmos esquecidos e rejeitados em suas memórias...
Que nossa forma de ensinar, as didáticas utilizadas, nossos exemplos, criatividade, mecanismos de busca possam ser de grande estima para nossos educandos e contribua com a formação destes “cidadãos diamantes” que durante a vida vão ser lapidados.

A charge de Luiz Fernando Veríssimo no qual conheço pessoalmente me fez relembrar de uma professora minha da segunda série no qual nos olhava profundamente quando falávamos e até hoje me lembro de seus olhos castanhos claros e suas pintinhas... Hoje em minha prática pedagógica sempre dou muita atenção para os meus alunos e procuro respeitar e utilizar todos os seus interesses para alfabetizá-los como: palavras significativas, acontecimentos importantes, notícias que comentam, atividades culturais, merenda pedagógica, etc.
Posso garantir que partindo do interesse do aluno o resultado é magnífico assim como acompanhamos nos PAS que partiram das nossas curiosidades.
Tenho um aluno que apresentava muita dificuldade na alfabetização e não gostava de estudar, dizia que queria cuidar da lida, dos bichos, do campo e para isso não necessitava de estudo. Pensando em conquistá-lo tive uma luz!
Fui às agropecuárias arrecadar embalagens de ração e vacinas... Pedi emprestados livros referentes animais e espécies de cavalos, suas origens e cuidados...
Cheguei na sala de aula e contei uma história de um fazendeiro que tinha muitos animais... Que após saber ler e escrever se formou em veterinária e utilizava aqueles livros e rações e vacinas... Tudo propositalmente!!!! Dei seqüência à história com outra idéia...
Meu aluno todo dia falava de suas ovelhas que tinham nascido e aí pedi para seu pai se teria como trazê-las na escola!!!!
Esta semana ele trouxe!!!Nossa foi maravilhoso!!!! As crianças enlouqueceram, acharam lindas as ovelhas e com muito carinho e cuidado as tocavam... Após uns 15 min. em nossa sala muita coisa aconteceu como: xixi, coco, berros...
Mas tudo resultou em produções textuais maravilhosas...
Para minha surpresa meu aluno escreve pela primeira vez um texto no qual já consigo interpretar e leu pausadamente o texto coletivo. Uma vitória!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Agradecimento a Professora Nádie...

Estou formulando

Linguagem e Educação

Nossa primeira aula presencial realizada no dia 27/08 tivemos o prazer de receber as informações da interdisciplina de Linguagem e Educação muito bem ministrada pela professora Patrícia e as tutoras Juliana e Graciela.
Neste primeiro cronograma da interdisciplina observamos que as atividades vão até o módulo 9, aulas presenciais e virtuais, apresentará pesquisa de campo, textos e vídeos (previstos 3)atividades no Webfólio e Blog (Próprio da interdisciplina).
Com a proposta da primeira atividade com perguntas desafiadoras no meu grupo teve muita interação, discutição e trocas...
Nossa pergunta:
• Quando começa e termina a alfabetização?
Para eu ter um domínio da resposta primeiro preciso definir o que é alfabetização e se alfabetização denomina-se estado ou habilidade do uso da leitura, escrita e oralidade acredito que ela se de com individuo a partir do momento que ele interage com o universo da escrita e é um processo contínuo de hipóteses.
Nesta aula defini em minhas redes de aprendizagem que letramento é o conhecimento como um “todo”, ou seja, o individuo pode ser Analfabeto e ser letrado, pois o letramento se dá seguido de experiências, vivencias que o ser humano adquire com o meio no qual está inserido.
Um exemplo citado por minha colega de grupo é seu filho que não é alfabetizado, mas conhece, memoriza, interpreta, identifica várias situações como: Ele pega um livro, sabe o nome da história, folha as páginas e faz um ensaio de leitura. Quando vê uma lata de achocolatado logo diz “NESCAU”, memoriza rótulos e símbolos...
Como tenho oportunidade de dar aula em uma turma de jovens e adultos, fico impressionada pelo letramento e inteligência que estas pessoas usam para driblar suas limitações na leitura e na escrita.
Uma senhora (56 anos) usa seus cremes faciais representado pelo SOL e pela LUA indicando o noturno e o diurno; Outra compra seus produtos pelos rótulos; Outro conta com ajuda dos netos para utilizar caixa eletrônico e outro utilizam pela seqüência de movimentos memorizados.
Hoje nosso mundo de tecnologias oferece diferentes formas de linguagem e nossos jovens cada vez mais inventam e reinventam formas de escritas, um exemplo interessantíssimo são as mensagens de textos.
Gostei muito da interpretação de Método (um meio para chegas em determinado fim) e que o professor não deve se deter no certo e errado mas sim observar seus alunos, seus interesse, realidade e transformar seu ambiente alfabetizador num mundo de aprendizagem que condiz com o interesse do aluno e criar muitas formas de leitura e escrita( acontecimento importante da escola, de um aluno, uma briga no recreio, uma notícia que foi comentada, etc.).
Gostei muito desta e aula e já estou providenciando os textos para melhor compreensão desta interdisciplina... Há se caso minhas hipóteses ser modificada vou registrando neste espaço de aprendizagem!
Beijos Gleice.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Evolução!!!




Toda segunda-feira em minha sala de aula contamos a novidade, às vezes oralmente, com mímicas, teatro, desenho e em forma de texto.
Para ajudar meus alunos a adquirirem uma postura de leitura e apresentação providenciei um “palco” para realizarmos as atividades significativas e reforçar a oralidade em público.
Veja a maravilha de texto que uma aluna produziu sozinha escrevendo e lendo sua novidade do fim de semana... Lucia - 62 anos.
Era silábica (representava uma letra para cada sílada)e hoje
encontra-se no nível psicogenético- Alfabetizada 1! Estou muito Feliz!


OBS: Seja Bem Vinda, tutora Graciela Pereira!

É com muito prazer que recebo a visita de uma colega do Pólo de Alvorada -RS (Rejane Petró)em meu Portifólio e gostei muito da idéia de conseguimos fazer algumas trocas de aprendizagens!!!
Já trocamos MSN e e-mail, agora é só colocar em prática, pois tudo na vida depende da comunicação...
Até mais...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

19/08/2009

Hoje pela manhã entrei no site da interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos e imprimi todo o cronograma do semestre e aproveitei para enviar por MSN para algumas colegas que estavam on-line...
Observei o e-mail da Nádie relatando seu afastamento e a confirmação da aula presencial para dia 27/08/2009 (Quinta-Feira) com duas interdisciplinas, Seminário Integrador VII e Linguagem e Educação.

O pós-leitura...

Após a leitura dos textos Marta Kohl de Oliveira, voltei para minha sala de aula observando muito mais as atitudes de meus alunos jovens e adultos e segundo alguns relatos e estudos de grandes nomes de nossa educação vejo que toda engrenagem histórica da educação de jovens e adultos apresenta reflexões nas dificuldades de interação, exposição e aprendizagem.
Para minhas aulas com os adultos vou bem preparada, pois devido à fome de aprender, eles desenvolvem os exercícios com muita aplicação e chamam a atenção dos colegas e até minha se perdemos tempo...
Frases dos alunos:
“São só três dias na semana para estudar e precisamos aproveitar”. Aluna – 45 anos
“Sinto-me um cego por não saber ler, chego aos lugares e vejo muita letra e não sei o que significa”. Aluno- 62 anos
“Já perdi muito dinheiro pedindo para os outros lerem e escreverem no meu lugar” (Rodoviária de Porto Alegre, Hospitais, etc.). Aluna – 53 anos.
Hoje, nossas atividades são baseadas na proposta construtivista utilizamos de Piaget o sujeito da inteligência, Vygotsky do sujeito social, Wallon do sujeito desejante e Paulo Freire o sujeito de cultura transformando assim nosso educando em aluno concreto na sala de aula, acontecendo e desenvolvendo todos estes sujeitos simultaneamente.
Alfabetizar jovens e adultos tem que ser um processo rápido, pois os alunos que se submetem a estudar necessitam de resultados e nós professores temos que dar todo o nosso DINAMISMO para cativar, prender e simultaneamente aumentar seu nível psicogenético.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Volta às aulas!

Hoje reiniciou as aulas em meu município (Três Cachoeiras-RS) e foi um dia de muitas dicas e informações referente a GRIPE A, no qual ouvimos falar todos os dias pelos meios de comunicação.
Tivemos a presença de profissionais na área da saúde realizando palestras para sanar duvidas e dar as orientações e precauções.
A equipe diretiva mandou bilhetes para os pais com medidas a serem cumpridas em ambas as entidades (família / escola).
Com meu 1° ano e com o Projeto Brasil Alfabetizado as medidas foram às mesmas “PREVENÇÕES”!
No dia 13/08 tive uma reunião intensiva com meu grupo de estudos “Alfabetização TC” (GEEMPA/ onde todas as educadoras lecionam com o primeiro ano) para pensarmos juntas atividades para volta às aulas.
Tivemos a idéia de montar um Glossário Alfabetizador referente a Gripe A com doze palavras chaves para desenvolver a hipótese de escrita. Partindo do glossário criamos atividades por nível (silábico, alfabético e alfabetizado) e atividades de matemática.
Não realizamos atividades para PS1 e PS2 porque não temos alunos nestes níveis psicogenéticos.
Coincidentemente ao ler a Zero Hora (17/08) tinha dicas de como trabalhar várias matérias com o tema H1N1. Em português, palavras ligadas à pandemia (texto, relatos, ortografia...), em geografia, cidades do mundo afetadas pela Gripe A e seus respectivos países...
Em história datas de outras epidemias e uma linha do tempo... Aspectos culturais.
Em matemática, gráficos, estatísticas, números de vítimas, porcentagem...
Em ciências estudos de siglas como H1N1, medicações, alimentação, higiene, etc.
Ligando esta reportagem tão interessante e as idéias que tivemos, nosso trabalho apresenta um tema de nossa atualidade X aprendizagem.

Novidade: Recebi um aluno vindo de Gravataí-RS.
Você Sabia: Influenza A subtipo H1N1 também conhecido como A(H1N1), é um subtipo de Influenzavirus A e a causa mais comum da influenza (gripe) em humanos. A letra H refere-se à proteína hemaglutinina e a letra N à proteína neuraminidase. Este subtipo deu origem, por mutação, a várias estirpes, incluindo a da gripe espanhola (atualmente extinta), estirpes moderadas de gripe humana, estirpes endémicas de gripe suína e várias estirpes encontradas em aves.

http://pt.wikipedia.org/wiki/H1N1

domingo, 16 de agosto de 2009

Educação de Jovens e Adultos

Ao ler o texto que faz parte de um trabalho de Marta Kohl de Oliveira, “Jovens e Adultos como Sujeitos de Conhecimento e Aprendizagem” baseado em estudos de grandes nomes da nossa educação, me fez refletir como acontece a aprendizagem com nossos jovens e adultos caracterizados pela autora de “não crianças” e foi possível perceber que esta modalidade de educação no Brasil, já tem um longo caminho percorrido.
Acredito que o termo “não crianças” significa que uma proposta pedagógica de aprendizagem não muda se for aplicado a um adulto, jovem ou criança. Hoje eu fazendo parte do Projeto Brasil Alfabetizado como educadora de uma turma de 25 alunos de idade entre 18 a 75 anos e uma turma de 1° ano com 24 alunos de 6 anos preparo minhas aulas, atividades sem nenhuma diferença entre uma turma e outra, observo apenas diferenças nos interesses e resultados, onde a criança aprende em um contexto natural, espontâneo, sem preocupações que o jovem e o adulto apresentam buscando sua própria aprendizagem, driblando as dificuldades, necessitando daquela fonte de saber e o resultado é acoplado em uma série de vivencias e experiências principalmente de fracassos escolares.
Concordo plenamente (Palacios, 1995) quando diz respeito ao funcionamento intelectual dos adultos mantém um bom nível de competência cognitiva até uma idade avançada e idéias de outros psicólogos evolutivos que afirmam que o que determina o êxito destas pessoas não é a idade de si mesma, mas fatores agregados as suas vidas como motivação, bem estar psicológico, etc.
Ao aplicar com os adultos o teste cognitivo e colocá-los na escada da psicogênese descobri e reafirmei que as hipóteses de escrita de um adulto são iguais à de uma criança quando se encontra no mesmo nível (PS1, PS2, Silábico, Alfabético, Alfabetizado 1,2,3 e 4 ).
Em uma de nossas primeiras aulas onde estávamos dialogando e nos conhecendo melhor (Brasil Alfabetizado), relatei que muitos já tinham freqüentado a escola por um período bem curto e decidiram não ir mais e as famílias não se preocupavam assim indo trabalhar e ajudar no sustento da mesma, outros por falta de incentivo ou oportunidades, pois a escola era muito distante de suas casas, complementando assim a frase da autora Marta “que a educação de jovens e adultos remete, primordialmente, a uma questão de especificidade cultural”.
Quando (Oliveira, 1989) destaca em seus escritos “Os alunos tem vergonha de freqüentar a escola depois de adultos e muitas vezes pensam que são humilhados e tornando-se inseguros quanto sua própria capacidade de aprender” liguei com alguns fatos que aconteceram em sala de aula, onde em certas atividades ouve muita “recusa” do aluno ao realizar, argumentando que não sabia, tenho vergonha, e se eu errar, como se eu fosse condená-los...
Estes medos já foram inseridos nestes alunos devido ao um modelo de aprendizagem no qual já foi vivenciado (castigos, grãos de milho, humilhação, etc.)
A recusa vinha deste fator de incapacidade, fracasso, medo do professor, mas eu quis mudar esta imagem e apresentei uma sala de aula com muita alegria, entusiasmo, música, cultura, merenda pedagógica, dialogo, trocas, grupos áulicos e uma proposta pós-construtivista. Eles levaram um “choque” de método de aprendizagem que aos poucos ia mostrando e sei que os cativei, pois com 15 dias de aulas (três vezes por semana) já obtive nove alfabetizados.
Um dos grandes comentários é como as escolas evoluíram... Aqui tem tudo! Por isso que as crianças de hoje são tão espertas!
Conhecer inúmeros pensamentos e estudos a respeito da aprendizagem cognitiva dos jovens e adultos com a interdisciplina apresentada neste semestre é importantíssimo para quem convive com eles e o interessante que este trabalho que Marta apresenta para todos os seus leitores, reside no fato de que exploras as idéias do processo cognitivo comum a todos os seres humanos, mobilizados em diferentes combinações dependendo das demandas situacionais enfrentadas por membros de diferentes grupos culturais e cabe a nós educadores conduzir este confronto de culturas e fazê-los interagir proporcionando um avanço de hipóteses garantindo assim a aprendizagem.

Primeiros Textos

Ao fazer uma limpeza (11/08)na minha caixa de e-mail que estava com mais 500 mensagens acabei excluindo os textos do sétimo semestre referente “Educação de Jovens e /Adultos”, mas entrei em contato (12/08) pelo MSN com a tutora “JULIANA” e pedi a gentileza de me mandar e rapidamente recebi retorno por e-mail contendo os textos sugeridos.
Quando observei e imprimi os textos fiquei um pouco preocupada pela extensão dos mesmos, mas rapidamente comecei minha leitura. Sei que estudar e analisar esta interdisciplina vai me ajudar muito, pois estou monitorando uma turma de “ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS” – PROJETO BRASIL ALFABETIZADO.

VII Semetre

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Minhas Reflexões!

Refletindo sobre minha recuperação neste semestre e os comentários que recebi gostaria de apontar algumas evidências no qual não garantiu meu êxito neste VI semestre.
A primeira evidência foi a “desorganização” no meu tempo de estudos, pois não estavam direcionadas as propostas realizadas, promovendo assim uma série de atrasos nas postagens e caracterizando meu desinteresse. Sempre que nossa vida tanto pessoal, quanto profissional está desorganizada, nos frustra, preocupa e perdemos tempo, deixando assim de resolver nossos compromissos.
Mas mediante esta evidência procurei as postagens dos primeiros semestres onde trabalhamos como organizar nos tempo e já preparei uma tabela de organização semanal, compatível hoje com as atividades profissionais e pessoais que desempenho.
A segunda evidência foi a “desmotivação” pelo semestre e pelas atividades, atribuo este fato por não estar inserida no contexto semântico da proposta e com a aprendizagem cooperativa já que nosso grupo se desvinculou e não preparou nenhum encontro para estudos, assim como acontecia nos outros semestres.
A terceira evidência caracteriza na falta de “responsabilidade” com a proposta e com a universidade, onde muitos dariam tudo para estar cursando em meu lugar... Mas de todo fato negativo, ou comentário desafiador a “raiva” se torna positiva, aguça nossa motivação a dois aspectos como: o comodismo ou a mudança.
Sabendo de minha capacidade sigo o caminho da mudança e superação.
Acredito que o Portfólio é um espaço de aprendizagens, de registro das reflexões do aluno, espaço "de montagem de redes de hipóteses" entre a teoria e a prática e vou fazer deste portifólio sim a identidade de minhas aprendizagens, pois o argumento é que esta era minha identidade (comodismo, desorganização, desmotivação...).
Como cada mudança acontece de uma vez vou dar passos pequenos e firmes. Aguarde as novas postagens e contribuições!!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Diversidade étnico-racial


Elaborar um mosaico étnico-racial em conjunto com seus alunos. Vocês podem utilizar diferentes recursos visuais, como desenhos, pinturas, colagens, fotografias... Faça um grande painel e estimule outros colegas a participar desta atividade, montando uma linda exposição na escola.



1° MOMENTO
A atividade consistiu em cada aluno desenhar seus pais ou responsáveis destacando características externas e pessoais e posteriormente se desenhar enfatizando características herdadas dos mesmos e montar um grande painel da turma.

2° MOMENTO
Observar características étnico-raciais e em grupos (4 integrantes) formular um texto coletivo destacando o que observaram no painel.


Ao observar a atividade realizada com a 6ª série sobre a diversidade étnico-racial destaco que a turma apresenta uma diversidade cultural ampla, pois tem pessoas de todas as raças, credos, culturas.
O grande mosaico montado pela turma apresenta entre as famílias diferentes característica, principalmente na fisionomia de cada um, onde se formam estilos próprios, mas com heranças geneticamente herdadas dos familiares.
Uma família que me chamou atenção foi uma italiana de olhos azuis casada com um descendente africano onde o filho herdou a cor do pai e os olhos azuis da mãe e mereceu o destaque de toda a turma.
Ao ler os textos dos alunos, todos destacaram a importância do respeito entre os seres de diferentes culturas e também a ligação de heranças e costumes herdados pelos pais ou responsáveis.
Outro destaque importante é um filho com costumes e gostos pessoais muito semelhantes ao pai que por sua vez não é o pai biológico.
Com estes pequenos exemplos ficam claros que nossa ancestralidade, nossa convivência, nossa identidade se constrói ao passar dos anos e influem no nosso crescimento pessoal, profissional e ético.
Esta atividade veio complementar os textos que lemos até agora e destacar diferentes povos, culturas e etnias, salientando que em nossa comunidade escolar existe uma diversidade cultural muito grande e ao trabalharmos estas diferenças na escola, diminui o preconceito e suas conseqüências como rotulação, discriminação e exclusão.

Estágios do desenvolvimento

Ao ler o texto Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento da autora Tania B. I. Marques, pude observar os estágios de desenvolvimento.
Estes estágios são determinados por etapas e faixa etária, mas não significa que aos dois anos exatos a criança passa para outro estágio, mas sim vai evoluído, se ajustando na medida em que o tempo passa superando as dificuldades do cotidiano.
Conforme definiu Piaget em sua teoria cognitiva todo o ser humano passa por estes quatro estágios que vou citar a seguir.

1º Estágio: Sensório-motor (0 aos 18/24 meses de idade)
Neste estágio desenvolve-se o conhecimento prático, baseado na experiência através dos sentidos, em que há interação com o meio pelo contato direto e imediato sem representação ou pensamento. É nessa etapa que a criança procura adquirir controle motor e sentir os objetos físicos que a cercam, limitando-se apenas a experiências imediatas, construindo assim esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. Por exemplo, quando é colocado um objeto na frente dos seus olhos e ele desaparece do campo perceptivo, é como se ele não existisse mais, a criança não tenta procurá-lo novamente. Somente mais tarde compreenderá que quando um objeto desaparece de vista, continua existindo mesmo não o vendo. Construindo assim pela ação as noções de espaço e tempo.
Deste modo, podemos dizer que esse estágio é caracterizado pela experiência imediata, feitas através da exploração manual e visual do meio e do mundo, a experiência das ações, e a indiferença entre o seu “eu” e o mundo exterior.

2º Estágio: Pré-operatório (2 aos 7anos)
Esse estágio é caracterizado pela interiorização dos reflexos formados na etapa anterior, e pelo aparecimento da linguagem, da função simbólica, do pensamento ou representação, os quais designam a capacidade de representar mentalmente pessoas, situações, objetos e acontecimentos ausentes por meio dos símbolos e signos diferenciados, não dependendo unicamente das sensações e da experiência prática.
A percepção da criança é global, não discrimina detalhes, ela deixa-se levar pela aparência, sem relacionar aspectos. É nessa etapa também que surge o egocentrismo nas crianças, como se o mundo girasse entorno do seu eu, não conseguindo colocar-se, abstratamente, no lugar do outro, usando a inteligência e o pensamento, através do processo de assimilação, acomodação e adaptação, já que não consegue ainda operar.

3º Estágio: Operatório Concreto (7 aos 11/12 anos)
É nessa etapa que o pensamento evoluirá de modo a operar com coerência e lógica, deixando de confundir o real com a fantasia, lhe dando com conceitos abstratos, relacionando diferentes aspectos e abstrair dados da realidade, tendo assim uma lógica interna e habilidade de solucionar problemas concretos, saindo assim do seu egocentrismo, tornando-se capaz de se colocar no lugar do outro.
É nesse terceiro estágio em que as crianças operam com objetos, não se limitando a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração, como, por exemplo, as operações de classificação e seriação. Desenvolve também a capacidade de refazer um trajeto mental, voltando ao ponto inicial.

4º Estágio: Operatório-formal (11/12 anos aos 15/16 anos)
É nessa etapa que a criança é capaz de realizar raciocínios abstratos distante da realidade, raciocinando com hipóteses e deduções não só com objetos, surgimento de outros ideais e interesses seguidos pelas suas crenças e valores.
A criança não se limita mais a representação imediata nem somente as relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente.
É nesse estágio que se desenvolve a sua própria identidade, podendo haver dúvidas entre o certo e o errado.

Idéias que perpassam os dias...

Com base na leitura dos textos Sobre a Pedagogia de Kant e Educação após Aushwitz de Adorno pode perceber que estes dois filósofos tinham elementos fundamentais em seus pensamentos e com isso levavam suas reflexões adiante mostrando-nos uma linha de pensamento referente à educação.
Como educadores, educandos e cidadãos estamos cercados de uma crise de valores étnicos e os autores Kant e Adorno encaram a educação tanto familiar quanto escolar como a principal solução de um problema para esta crise, pois acreditam que delas se transformam a formação intelectual dos indivíduos.
Os autores Kant e Adorno também registram que somente por meio da educação é possível chegar a um homem num estado melhor da espécie, isto é, um homem que seja capaz de construir suas próprias idéias, libertando-se dos velhos conceitos perpassados pelo senso comum e pela própria falta de informação.
A luz das idéias de Kant e Adorno me remeto a sala de aula e percebo a urgência de buscarmos através da educação uma forma de desenvolver nos educandos suas capacidades de organizar seu pensamentos e agir com responsabilidade social, pois somente no exercício de uma educação voltada para a transformação, seria capaz de produzir a autoconsciência crítica, naqueles que sem ela não teriam como hábito produzir sua próprias idéias através da reflexão.
Contudo, uma educação significante e qualificada propõe aos educandos refletir e questionara realidade, social, escolar, comunitária, mundial e construir juntos uma sociedade com indivíduos críticos, com novas condutas, ações, pensamentos e conscientizações.

Desenvolvimento Moral

A partir das leituras propostas pela Interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque de Psicologia II, pude refletir sobre uma situação ocorrida com os alunos do primeiro ano quando propus uma atividade e no decorrer do trabalho observei que o aluno Pedro (nome fictício), ao passar pelo seu colega João (nome fictício) esbarrou e bateu em seu braço, riscando o desenho que João estava pintando. Este vira para o lado e faz o mesmo na folha de Pedro que estava sentado ao seu lado. Assim, cria-se um conflito moral entre os dois.
Diante da situação ocorrida, procurei juntamente com os alunos refletir sobre a situação ocorrida na sala de aula, mostrando a necessidade do respeito mútuo entre crianças e adultos, destacando a importância da conversa nos momentos de discórdia antes de tomar qualquer atitude agressiva com o outro.
No texto “Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?” da professora Jaqueline Picetti relata que segundo Piaget “... em torno dos 10 anos, os atos são avaliados segundo seus resultados, independente das intenções”.
Desta forma, pude notar que o aluno João obteve somente seu ponto de vista, encontrando dificuldades em relação ao posicionamento de seu colega, já que havia esbarrado nele sem a intenção de prejudicá-lo.
Segundo Piaget, a heteronomia é a fase em que são introduzidas pelos adultos normas sociais as crianças, as quais são base para agirem moralmente, sendo que após a reflexão, a criança passará a considerar, conhecê-las e reavaliá-las. Acredito que esta criança encontra-se nesta fase do desenvolvimento moral.

Seminário Integrador VI

Ao concluir as atividades de recuperação deste eixo VI e a orientação do SI para que analisasse uns Portfólios de Aprendizagens construído por algumas colegas, provocou-me uma série de mudanças na forma de pensar e encarar meu Portifólio de Aprendizagem.
Na medida em que cada item do roteiro a ser seguido para analise era explorado, ia me remetendo ao meu trabalho e percebia neste vários pontos a serem melhorados e/ou aprimorados, fortalecendo as aprendizagens sobre esta temática pedagógica.
Os portfólios das colegas foram analisados sob vários aspectos como: fazer comentário comparativo do seu blog com o dos colegas, avaliar os dois blogs dos colegas comparando-os, refletir sobre a atividade e não atividade, verificar se ocorreu reformulação ou nova postagem em função da intervenção (comentários) de professores, tutores ou colegas, verificar se há postagens que abrangem a interdisciplinaridade, verificar se no conjunto do blog há uma postagem para cada interdisciplina, verificar se há regularidade nas postagens, verificar se há relação entre teoria e prática, verificar se há evidências e se há argumentos.
O exercício do espírito crítico sempre é promissor de aprendizagens, e neste caso foi capaz de me “clarear os olhos”, pois passei a sentir falta em meu trabalho de aspectos fundamentais em um Portifólio como a interdisciplinaridade, assiduidade, evidências, argumentos, teoria, prática e muita reflexão científica baseada nos textos. Existe a necessidade de todos estes aspectos para que rompa com concepções tradicionais de ensino.
Convém ressaltar que meu portifólio não carrega estas características, como os portfólios de minhas colegas que trazem teoria e prática de uma forma bem clara e instigadora de argumentos que eu ao ler e refletir sobre os textos estudados, não tinha pensado.
A interação dos tutores e professores foi fundamental para a conclusão de uma reflexão e isso observei no portifólio de Catiane Vargas onde a tutora levanta outra hipótese de uma idéia mal esclarecida e posteriormente a aluna Catiane responde e esclarece sua postagem de forma bem sucedida acontecendo neste momento a interação e aprendizagem.
Contudo, os aspectos positivos que observei ao ler os portfólios de Catiane Vargas e Gislaine Aguiar, concluo que realmente não tenho dado tanto valor as minhas aprendizagens, não valorizando os meus registros, minhas reflexões e colocando-as em prática. Perdi a chance de descrevê-la fazendo uma ligação entre as aprendizagens da faculdade, minha vida profissional e pessoal.
Agradeço a oportunidade de reler os textos e de compreender muito mais o eixo VI, no qual fará parte de minha vida por vários aspectos interessantíssimos onde tudo que aprendemos reflete em nossa vivencia e experiência.
De todas as minhas postagens acredito que minha melhor descrição de aprendizagem apareceu na “ANCESTRALIDADE” no qual consegui criar uma rede de aprendizagem com o texto sugerido, minha vida profissional e pessoal e na aplicação da mesma com meus alunos, caracterizando diferentes resultados e aprendizagens.
Parabéns as minhas colegas pela dedicação e desejo estar entre os portfólios selecionados no semestre que vem, mas para isso é preciso colocar em pratica tudo que aprendi na recuperação do Eixo VI.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

III Encontro Municipal de Educadores

Olá estou aqui no III Encontro Municipal de Educadores em meu município (Três Cachoeiras-RS) refletindo referente o Tema “EDUCAÇÃO um tesouro em nossas mãos”... Hoje dia 22 de julho de 2009, estou realizando uma oficina de Informática onde pude experimentar novas ferramentas da Web como, Ning, My Space, Fricord, Klik and Play... Alguns dos recursos eu já conhecia, como Blog, Pbworks, MSN e Orkut, pois o curso PEAD-PEDAGOGIA/UFRGS nos possibilita estudar e trocar informações através das mesmas.
Quanto mais o tempo passa nos damos por conta que as ferramentas da Web são necessárias para tornar nosso educando um sujeito ativo, fazendo com o que o mesmo interaja e crie o máximo.

Beijos e até mais...

sábado, 18 de julho de 2009

Resultados!


(Apresentação do Dia das Mães)



Todo fato denominado importante para meus alunos procuro inserir no que estou propondo naquele dia de aula, aconteceu isso em nossa sala de aula o mês passado levei um assunto bem legal para ser trabalhado, mas quando cheguei na escola o assunto era um homicídio que aconteceu que chocou nossa cidade. As crianças expressavam seus pensamentos, referente tudo que estavam escutando a respeito do incidente e deste fato trágico, rendeu textos, frases, ditados e muita solidariedade, entre os diálogos alertas importantíssimos de cuidados um com os outros, como se reunirem para vir juntos a escola, não andarem sozinhos e nem falar ou mexer com estranhos.
Como educadores temos que ser mutáveis e quando uma atividade não vai atingir resultados tão significativos temos que mudar as estratégias. Será que se eu tivesse passado aos alunos o tema que eu escolhi teria sido tão significativo? Pois aluno em processo de alfabetização produzindo textos expondo suas idéias e argumentos e o professor entendendo seus escritos não é fascinante!
O mesmo aconteceu no dia das mães. Eu preparei uma música muito especial para ser apresentada e quando cheguei à sala de aula fiz a seguinte pergunta:
O que poderíamos apresentar no dia das mães? Rapidamente minha turma tinha uma sugestão, vamos apresentar sobre a Índia professora as mães vão adorar (tudo sob influência da novela atual- Caminho das Índias). Pensei que seria muito difícil, pois além de não olhar a novela sei muito pouco sobre os costumes e tradições indianas, mas não teve como eu conter a ansiedade da turma, as meninas trouxeram muitas cangas de paria e tecidos para a apresentação e uma aluna minha que tem muita habilidade com a dança sugeria passos e juntas adaptamos a dança a nossa turma.
Para grande surpresa ficou maravilhosa a apresentação e todos colaboraram muito.
Meninos eram responsáveis pelo painel montado com tecidos (balançando) ...
As meninas faziam a dança indiana e para finalizar tiravam de uma caixa uma LUZ que representava as MÃES... e complementei com a poesia criada pelos alunos “MÃES QUE ILUMINAM NOSSAS VIDAS”.
Desta apresentação criamos textos, frases, glossário, ditado, poema e fiquei muito satisfeita com os resultados.

Mudança já!

Neste ano de 2009 tive a oportunidade de estar inseridas em uma sala de aula, colocar em prática muitas das aprendizagens que captei durante o semestre e conceito que mais eu vivi e observei foi o preconceito.
Minha sala de aula (23 alunos -1° ano- Alfabetização) também era um ambiente hostil, beligerante, multirracial e passei muitos apuros para colá-la em ordem, com limites e hábitos que não deviam ser banidos como:
Obedecer à professora;
Fazer todos os trabalhos com carinhos;
Falar em tom normal;
Cuidar da sala e dos materiais;
Não falar palavrões e apelidos;
Não empurrar nem brigar com os colegas;
Caminhar com calma e paciência nos ambientes da escola;
Comer lanches saudáveis;
Colocar lixo no seu devido lugar;
Ser amigos de todos;
Ter higiene pessoal.
(Estas dicas foram criadas com os alunos e exposto em minha sala de aula).
Como educadora gosto de preservar estes valores, momentos de espiritualidade (ecumênica), tentar ser exemplo, espelho aos alunos, valorizar cada conquista alcançada, vibrar com as aprendizagens obtidas e destacá-las, principalmente acreditando que “todos podem aprender”.
Eu como educadora também tive que reavaliar meus pensamentos. Em uma gincana da escola cada professor ficava com uma equipe e no meu grupo tinha uma aluna minha que apresenta muita dificuldade de aprendizagem. Em uma atividade da gincana minha aluna (X) tinha que realizar uma prova de equilíbrio e rapidez e em meus pensamentos iríamos perder, subestimando sua capacidade e para minha surpresa ela foi a primeira a realizar.
Neste meu infeliz pensamento observei que preconceito não está apenas nos meus alunos, mas também em meus pensamentos e todas as aprendizagens refletidas durante o semestre dei-me conta que preciso mudar... Que bom que somos mutáveis!

"Entre os muros da escola" (Filme)

O filme “Entre os muros da escola” retrata uma sala de aula de forma muito real mostrando a experiência de um professor dedicado a ensinar algo novo e ligado ao país em que os alunos estão inseridos retratando uma turma de 7° série de escola pública onde existem educandos de vários costumes, raças, credos, etnias, preconceito, uma vasta diversidade cultural.
Cena escolhida:
Ao observar o professor Marin tentando realizar um trabalho que atingisse alguns pequenos resultados e fazer com que o aluno Souleymane acreditasse que daquela simples fotos em família poderia render um bom trabalho e que posteriormente observando o bom desempenho e resultado expõe ao grande grupo e o elogia como sendo uma obra-prima me identifiquei muito e nele revivi algumas cenas que me aconteceram no decorrer deste ano.
Vivemos esta realidade na interdisciplina de Questões Étnicas- Raciais na Educação: Sociologia e História onde tivemos que montar uma galeria de fotos e descrever a nossa ancestralidade, resultando em trabalhos maravilhosos (apresentados em sala de aula) e sugerindo trabalhar com nossos alunos. Apliquei esta atividade com minha turma de alfabetização mostrando em slide fotos deles e oralmente falando de nossas diferenças, semelhanças e com alguns questionamentos como: Porque não somos iguais? Porque temos cores de pele, cabelo, olhos diferentes? No termino desta atividade me realizei quando o professor Milton me solicitou para apresentar meu trabalho na aula presencial e como Souleymane não pensei que de minhas fotos ia render um trabalho tão cheio de conteúdo.
A escolha que o professor Milton (UFRGS) e o professor Marin (personagem principal-professor do filme “Entre os muros da escola”) fez ao utilizar a identidade da realidade do aluno foi muito inteligente, pois ao falarmos de nossa realidade, do meio em que vivemos nos torna capaz de argumentar e ser dotado de uma autonomia na escrita, pois como aluna e tendo muita dificuldade de argumentação achei que este trabalho me ajudou muito. O professor Milton, assim como Marin disse-me ao escolher uma foto minha, escreva sobre as semelhanças externas e internas que possui de sua ancestralidade. Será que tens algo parecido a penas com tua família ou também tem hábitos e costumes de quem convive contigo?
Analisando o trabalho que o professor do filme utilizou, o argumento que usou para convencer o aluno que aquela foto aparentemente sem nexo poderia resultar num ótimo trabalho, foi o mesmo que aconteceu ao entendermos como montar nossos PAs, que aparentemente de uma pergunta ou dúvida sem lógica poderia resultar num ótimo trabalho. No PA apresentado por minhas colegas em sala de aula “De onde veio a rosca? Um alimento típico em minha cidade que eu achava que era da Itália, devido os italianos serem dotados de receitas magníficas em pães, bolos, rocas... E para minha grande surpresa é brasileira, aqui de nossa terra, pela seguinte dedução que a mandioca era cultivada pelos índios, que aqui habitavam e posteriormente adaptada por outras pessoas que aqui moravam, nos prova que uma boa intervenção ou provocação do professor mexe com nossas hipóteses e se há mudança de hipóteses há aprendizagem e as evidencias aparece claramente ao observarmos os mapas conceituais (mudanças de hipóteses).
Estas instigações que ocorreram neste semestre, principalmente no nosso PA, me ajudaram a organizar meus pensamentos, traçar melhor os objetivos a serem alcançados, descobrir a importância dos registros e como estas evidencias nos registros nos ajudam. Assim como aparece no filme o registro de cada aluno desenvolvendo suas atividades.
E a obra-prima que o professor Marin atribui relaciono com minhas colegas que foram selecionadas para apresentar seus PAs na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dando-nos muito orgulho de saber que nossos professores, nossa universidade gera oportunidades de reapresentar “bons” trabalhos, atingindo outros públicos. Deixando estes alunos com seu ego a flor da pele, quebrando barreiras na superação, criando otimismo, autoconfiança, autonomia, dando valor à autoria dos PAs.

Worshop de Avaliação

Dia 9 de julho de 2009 realizamos nosso Worshop de avaliação do eixo VI onde tive a oportunidade relatar por escrito e oralmente minhas aprendizagens.
O professor Prof. Claudio Roberto Baptista responsável pela interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais contribuiu quando com muita calma nos orientou que estes momentos de troca e interação são responsáveis por nossa aprendizagem, momentos como esse é atribuído ao exercício de muita escuta e propício a reformular nossas hipóteses.
Posso declarar que todas as aprendizagens que eu almejava resgatei na minha apresentação, nos questionamentos da banca e na apresentação de minhas colegas.
A idéia de assistir um filme (Entre os muros da escola), de relatar uma cena, interligá-la a alguns conceitos e desvendar algumas atribuições a nossa realidade profissional e pessoal me ajudaram muito a sair do senso comum, falar e escrever com bastante autonomia baseada nos autores estudados e esclarecendo que sentido estas aprendizagem fazem na minha vida como educadora e como estas aprendizagens podem me auxiliar a ter um bom trabalho docente.
Parabéns a minha banca e pelo início de noite tão agradável recheado de muita cultura e aprendizagem.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ser diferente é agir diferente!

Em épocas passadas na Grécia pessoas portadoras de algumas deficiências ou limitações eram marcadas na pele como animais.
Será que hoje não marcamos pessoas verbalmente? Será que não fizemos PRÉ-CONCEITOS das aprendizagens ou capacidades?
Há muitos anos nos Estados Unidos eram aplicados testes de QI nos soldados e se não atingissem a meta eram excluídos dos combates em caso de guerra, mas em uma luta a escassez de homens foi tanta que colocaram todos a lutar.
Será que no combate os que apresentavam QI inferior ao desejado morreram primeiro?
Não podemos esquecer que o preconceito tem conseqüências, como: rotulação, discriminação e exclusão.
Como educadores não devemos “marcas alunos”, não devemos fazer pré-conceitos e muito menos rotular como incapazes devemos instigar de forma prazerosa a aprendizagem e a inclusão, embora nossos recursos sejam poucos, mesmo que o sistema constitucional não de suporte. Ser diferente é agir diferente...

Todo ser é "Especial"...

Como profissional como vejo a educação de pessoas com necessidades especiais?
Tudo depende de como olhamos o mundo, como observamos as pessoas, eu particularmente acredito na capacidade de cada ser, em sua garra e perseverança, na “falta” que nós educadores podemos causar em nossos alunos, principalmente nos que apresentam alguma “diferença”... Observe alguns aspectos... Tenho uma aluna que apresenta dificuldades na aprendizagem, quando cheguei à escola outros professores já me alertaram, quando mãe desta menina veio à primeira vez na escola observou sobre as dificuldades da filha, que inclusive tem um irmão que freqüenta a escola especial (APAE)... Os pais são separados a mãe e o irmão analfabetos, pessoas humildes.
Veja como a rotulação é uma postura negativa... Como esta criança vai ter um bom rendimento? Quem a incentiva? Quais os livros ou materiais que ela convive? Alguém da família pode ajudá-la?
Quando rotulamos e imediatamente pedimos uma avaliação estamos lavando nossas mãos referente a aprendizagem e não estamos agindo com profissionalismo, acho que muitos dos casos poderiam ser evitados, há muitas crianças tomando medicamentos, uma contradição, pois sabemos que as crianças sem parada são muito inteligentes... Será que nossas aulas estão partindo do interesse deles? Será que estamos criando “faltas” na vida deste aluno?
Esta minha aluna adora “maquiagem” daí veio à idéia de escrever e trabalhar sobre maquiagem, observando as cores, pintado meus olhos e os olhos dela... A técnica deu certo seu nome inicia com uma cor que ela adora Rosa...
Indico um vídeo no You Tube- Tony Melendez veja como a deficiência ou limitações não impede cada ser de se realizar e ser “normal” veja um exemplo de superação...
Depois de assistir de um retorno!!!!

terça-feira, 24 de março de 2009

Ancestralidade!!!!!


Ao ler o texto “Em Busca de Uma Ancestralidade Brasileira” de Daniel Munducuru, voltei ao passado, a minha ancestralidade, os ensinamentos passados de geração para geração, as tradições, aos conflitos diários...
Sou de cultura gaúcha, nasci na cidade de Bagé, sou descendentes de alemães e portugueses.
Meu avô paterno era uma figura semelhante ao personagem Apolinário, ele era calmo, sereno, sério e em suas atitudes nos ensinava em silêncio como deveríamos agir em família e na comunidade. Meu avô já faleceu há alguns anos.
Em uma ocasião fiquei com meus avós para meu pai e minha mãe irem viajar, eles me convidaram para ir para roça plantar feijão, uma prática muito comum para um agricultor do interior.
Na sua calma e sabedoria meu avô ia abrindo os buraquinhos na terra pareciam ser medidos, pois todos tinham a mesma distância... De longe avistávamos aquela superfície desenhada...
Em suas sábias palavras orientava que colocássemos três grãos de feijão em cada valinha e pensássemos em coisas boas, assim a colheita seria certa.
Na hora do café, quando o sol estava em certo ponto... Sentávamos todos juntos, rezávamos e partilhávamos o pão de cada dia e ele explicava: Na vida tudo é assim... “Todos que semear coisas boas, bons frutos colherão”.
Hoje meu avô Agenor não está entre nós, mas muitos de seus ensinamentos, frases percebo na vida de meu pai (Jose) e de meus irmãos. São valores que aprendi, preservo e hoje transmito para minha família e meus alunos.
Em sala de aula às vezes observando o comportamento dos alunos me pergunto: -Onde estão os valores da ancestralidade deles? - Que limites recebem? -Eles têm família ou alguém que sele por eles?
Um caso interessante de ressaltar foi um tema de casa que solicitei (1°ano – Turma B – E. M. José Felipe Schaeffer / Três Cachoeiras-RS), aonde no dia seguinte chegou à mãe e a aluna com a folha do tema em branco nas mãos e pedindo um tempinho para falar comigo.
A mãe pediu que eu não mandasse tema de casa, ai argumentei, mas porque...
A mãe humildemente me diz: - Sou analfabeta, meu filho mais velho é portador de necessidades especiais e marido não tenho, não tenho ninguém para ajudá-la. Os vizinhos são longe e também não demonstram interesse.
Com o texto, estes pequenos exemplos ficam claros que nossa ancestralidade, nossa convivência, nossa identidade se constrói ao passar dos anos e influem no nosso crescimento pessoal, profissional e ético. Alguns com mais dificuldades por falta de oportunidades, outros no embalo de uma geração...
Fiz uma longa investigação na ancestralidade de meus alunos e conclui que tudo que os alunos recebem e percebem ao seu redor refletem na escola, principalmente através de suas atitudes.

sábado, 21 de março de 2009

Reflexão sobre Projetos de Aprendizagens.

Os Projetos de Aprendizagens do Eixo 5, foi um dos trabalhos mais significativos em “real” aprendizagem, pois além de partir da nossa curiosidade e interesse nos possibilitou criar hipóteses, montar esquemas, nos lançou a pesquisa de campo, nos levou a ir em busca de descobertas, onde nós alunos ficamos inteiramente ligados ao tema escolhido.
Interpreto que os projetos de aprendizagens trazem uma construção do conhecimento tanto para o aluno quanto para o professor que está orientando, pois muitas vezes o tema escolhido não faz parte do conhecimento ou realidade de ambos.
Para elaboração dos projetos o professor tem a missão de orientar e deixar os alunos contribuir com a pesquisa, formar argumentos através das evidências resgatadas no decorrer do mesmo, atribuo os projetos de aprendizagens sendo interdisciplinar, uma forma de driblar respostas prontas e fazer com que o aluno tenha o prazer de ir à busca de informações.
Observando de uma forma ampla os projetos, partindo da primeira pergunta formada como centro da pesquisa, nota-se claramente a evolução de cada tema escolhido, como nós moldamos nosso conhecimento, o quanto nossas dúvidas e certezas se contradiziam e tudo isso acontecia porque estávamos na busca constante e se este trabalho continuasse neste próximo semestre ainda sofreria muitas modificações.

Gleyce Santos