quarta-feira, 22 de julho de 2009

III Encontro Municipal de Educadores

Olá estou aqui no III Encontro Municipal de Educadores em meu município (Três Cachoeiras-RS) refletindo referente o Tema “EDUCAÇÃO um tesouro em nossas mãos”... Hoje dia 22 de julho de 2009, estou realizando uma oficina de Informática onde pude experimentar novas ferramentas da Web como, Ning, My Space, Fricord, Klik and Play... Alguns dos recursos eu já conhecia, como Blog, Pbworks, MSN e Orkut, pois o curso PEAD-PEDAGOGIA/UFRGS nos possibilita estudar e trocar informações através das mesmas.
Quanto mais o tempo passa nos damos por conta que as ferramentas da Web são necessárias para tornar nosso educando um sujeito ativo, fazendo com o que o mesmo interaja e crie o máximo.

Beijos e até mais...

sábado, 18 de julho de 2009

Resultados!


(Apresentação do Dia das Mães)



Todo fato denominado importante para meus alunos procuro inserir no que estou propondo naquele dia de aula, aconteceu isso em nossa sala de aula o mês passado levei um assunto bem legal para ser trabalhado, mas quando cheguei na escola o assunto era um homicídio que aconteceu que chocou nossa cidade. As crianças expressavam seus pensamentos, referente tudo que estavam escutando a respeito do incidente e deste fato trágico, rendeu textos, frases, ditados e muita solidariedade, entre os diálogos alertas importantíssimos de cuidados um com os outros, como se reunirem para vir juntos a escola, não andarem sozinhos e nem falar ou mexer com estranhos.
Como educadores temos que ser mutáveis e quando uma atividade não vai atingir resultados tão significativos temos que mudar as estratégias. Será que se eu tivesse passado aos alunos o tema que eu escolhi teria sido tão significativo? Pois aluno em processo de alfabetização produzindo textos expondo suas idéias e argumentos e o professor entendendo seus escritos não é fascinante!
O mesmo aconteceu no dia das mães. Eu preparei uma música muito especial para ser apresentada e quando cheguei à sala de aula fiz a seguinte pergunta:
O que poderíamos apresentar no dia das mães? Rapidamente minha turma tinha uma sugestão, vamos apresentar sobre a Índia professora as mães vão adorar (tudo sob influência da novela atual- Caminho das Índias). Pensei que seria muito difícil, pois além de não olhar a novela sei muito pouco sobre os costumes e tradições indianas, mas não teve como eu conter a ansiedade da turma, as meninas trouxeram muitas cangas de paria e tecidos para a apresentação e uma aluna minha que tem muita habilidade com a dança sugeria passos e juntas adaptamos a dança a nossa turma.
Para grande surpresa ficou maravilhosa a apresentação e todos colaboraram muito.
Meninos eram responsáveis pelo painel montado com tecidos (balançando) ...
As meninas faziam a dança indiana e para finalizar tiravam de uma caixa uma LUZ que representava as MÃES... e complementei com a poesia criada pelos alunos “MÃES QUE ILUMINAM NOSSAS VIDAS”.
Desta apresentação criamos textos, frases, glossário, ditado, poema e fiquei muito satisfeita com os resultados.

Mudança já!

Neste ano de 2009 tive a oportunidade de estar inseridas em uma sala de aula, colocar em prática muitas das aprendizagens que captei durante o semestre e conceito que mais eu vivi e observei foi o preconceito.
Minha sala de aula (23 alunos -1° ano- Alfabetização) também era um ambiente hostil, beligerante, multirracial e passei muitos apuros para colá-la em ordem, com limites e hábitos que não deviam ser banidos como:
Obedecer à professora;
Fazer todos os trabalhos com carinhos;
Falar em tom normal;
Cuidar da sala e dos materiais;
Não falar palavrões e apelidos;
Não empurrar nem brigar com os colegas;
Caminhar com calma e paciência nos ambientes da escola;
Comer lanches saudáveis;
Colocar lixo no seu devido lugar;
Ser amigos de todos;
Ter higiene pessoal.
(Estas dicas foram criadas com os alunos e exposto em minha sala de aula).
Como educadora gosto de preservar estes valores, momentos de espiritualidade (ecumênica), tentar ser exemplo, espelho aos alunos, valorizar cada conquista alcançada, vibrar com as aprendizagens obtidas e destacá-las, principalmente acreditando que “todos podem aprender”.
Eu como educadora também tive que reavaliar meus pensamentos. Em uma gincana da escola cada professor ficava com uma equipe e no meu grupo tinha uma aluna minha que apresenta muita dificuldade de aprendizagem. Em uma atividade da gincana minha aluna (X) tinha que realizar uma prova de equilíbrio e rapidez e em meus pensamentos iríamos perder, subestimando sua capacidade e para minha surpresa ela foi a primeira a realizar.
Neste meu infeliz pensamento observei que preconceito não está apenas nos meus alunos, mas também em meus pensamentos e todas as aprendizagens refletidas durante o semestre dei-me conta que preciso mudar... Que bom que somos mutáveis!

"Entre os muros da escola" (Filme)

O filme “Entre os muros da escola” retrata uma sala de aula de forma muito real mostrando a experiência de um professor dedicado a ensinar algo novo e ligado ao país em que os alunos estão inseridos retratando uma turma de 7° série de escola pública onde existem educandos de vários costumes, raças, credos, etnias, preconceito, uma vasta diversidade cultural.
Cena escolhida:
Ao observar o professor Marin tentando realizar um trabalho que atingisse alguns pequenos resultados e fazer com que o aluno Souleymane acreditasse que daquela simples fotos em família poderia render um bom trabalho e que posteriormente observando o bom desempenho e resultado expõe ao grande grupo e o elogia como sendo uma obra-prima me identifiquei muito e nele revivi algumas cenas que me aconteceram no decorrer deste ano.
Vivemos esta realidade na interdisciplina de Questões Étnicas- Raciais na Educação: Sociologia e História onde tivemos que montar uma galeria de fotos e descrever a nossa ancestralidade, resultando em trabalhos maravilhosos (apresentados em sala de aula) e sugerindo trabalhar com nossos alunos. Apliquei esta atividade com minha turma de alfabetização mostrando em slide fotos deles e oralmente falando de nossas diferenças, semelhanças e com alguns questionamentos como: Porque não somos iguais? Porque temos cores de pele, cabelo, olhos diferentes? No termino desta atividade me realizei quando o professor Milton me solicitou para apresentar meu trabalho na aula presencial e como Souleymane não pensei que de minhas fotos ia render um trabalho tão cheio de conteúdo.
A escolha que o professor Milton (UFRGS) e o professor Marin (personagem principal-professor do filme “Entre os muros da escola”) fez ao utilizar a identidade da realidade do aluno foi muito inteligente, pois ao falarmos de nossa realidade, do meio em que vivemos nos torna capaz de argumentar e ser dotado de uma autonomia na escrita, pois como aluna e tendo muita dificuldade de argumentação achei que este trabalho me ajudou muito. O professor Milton, assim como Marin disse-me ao escolher uma foto minha, escreva sobre as semelhanças externas e internas que possui de sua ancestralidade. Será que tens algo parecido a penas com tua família ou também tem hábitos e costumes de quem convive contigo?
Analisando o trabalho que o professor do filme utilizou, o argumento que usou para convencer o aluno que aquela foto aparentemente sem nexo poderia resultar num ótimo trabalho, foi o mesmo que aconteceu ao entendermos como montar nossos PAs, que aparentemente de uma pergunta ou dúvida sem lógica poderia resultar num ótimo trabalho. No PA apresentado por minhas colegas em sala de aula “De onde veio a rosca? Um alimento típico em minha cidade que eu achava que era da Itália, devido os italianos serem dotados de receitas magníficas em pães, bolos, rocas... E para minha grande surpresa é brasileira, aqui de nossa terra, pela seguinte dedução que a mandioca era cultivada pelos índios, que aqui habitavam e posteriormente adaptada por outras pessoas que aqui moravam, nos prova que uma boa intervenção ou provocação do professor mexe com nossas hipóteses e se há mudança de hipóteses há aprendizagem e as evidencias aparece claramente ao observarmos os mapas conceituais (mudanças de hipóteses).
Estas instigações que ocorreram neste semestre, principalmente no nosso PA, me ajudaram a organizar meus pensamentos, traçar melhor os objetivos a serem alcançados, descobrir a importância dos registros e como estas evidencias nos registros nos ajudam. Assim como aparece no filme o registro de cada aluno desenvolvendo suas atividades.
E a obra-prima que o professor Marin atribui relaciono com minhas colegas que foram selecionadas para apresentar seus PAs na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dando-nos muito orgulho de saber que nossos professores, nossa universidade gera oportunidades de reapresentar “bons” trabalhos, atingindo outros públicos. Deixando estes alunos com seu ego a flor da pele, quebrando barreiras na superação, criando otimismo, autoconfiança, autonomia, dando valor à autoria dos PAs.

Worshop de Avaliação

Dia 9 de julho de 2009 realizamos nosso Worshop de avaliação do eixo VI onde tive a oportunidade relatar por escrito e oralmente minhas aprendizagens.
O professor Prof. Claudio Roberto Baptista responsável pela interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais contribuiu quando com muita calma nos orientou que estes momentos de troca e interação são responsáveis por nossa aprendizagem, momentos como esse é atribuído ao exercício de muita escuta e propício a reformular nossas hipóteses.
Posso declarar que todas as aprendizagens que eu almejava resgatei na minha apresentação, nos questionamentos da banca e na apresentação de minhas colegas.
A idéia de assistir um filme (Entre os muros da escola), de relatar uma cena, interligá-la a alguns conceitos e desvendar algumas atribuições a nossa realidade profissional e pessoal me ajudaram muito a sair do senso comum, falar e escrever com bastante autonomia baseada nos autores estudados e esclarecendo que sentido estas aprendizagem fazem na minha vida como educadora e como estas aprendizagens podem me auxiliar a ter um bom trabalho docente.
Parabéns a minha banca e pelo início de noite tão agradável recheado de muita cultura e aprendizagem.