terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mãos Dadas

Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Ao me deparar com este poema de Carlos Drummond de Andrade percebo que é tempo de aperfeiçoamento, é tempo de reflexão, tempo de ruptura que se dará através de uma construção de idéias onde eu serei a autora (TCC).
E se permanecermos de mãos dadas com nossa equipe alcançaremos nossos objetivos... Dia 27 de fevereiro de 2011 nos espera.

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